Acende a fogueira no meu coração...

fogueira O poeta Alberto Ribeiro compôs uma das mais cantadas músicas do mês de Junho: Sonho de Papel.

O refrão que fica marcado é: São João, São João, acende a fogueira no meu coração. E de fato, sem tecermos julgamento sobre as crenças do poeta, neste mês, quer sejam as fogueiras, quer sejam os amendoins torrados, ou os milhos cozidos, pinhão, vaca-atolada, neste mês o calor quer vencer o frio.

Mas todas essas expressões de calor serão mera festa se o clamor do poeta não for atendido, ou seja, se não houver calor que atinja os corações.

Também talvez por isso, neste mês lembremos a época em que os nossos corações estão, por assim dizer, em brasa. Quem não se lembra do calor subindo pelo pescoço? As orelhas e bochechas em chamas? O coração em plena erupção?

Ah! Não há frio que resista aos namorados!

Não que o calor do amor se esfrie depois de anos juntos, mas aqui, quando a fogueira acaba de se acender, quando o namoro está “a toda”, aqui o fogo não vê barreiras para aquecer.

Daí podemos entender o clamor do poeta, pois a fogueira que o amor acende em nossos corações é algo que jamais pode faltar. Algo tão importante que no relato da criação, descrito no livro de Gênesis, a cada obra concluída, diz o texto: “E viu Deus que tudo era bom”.

Porém, ao olhar para o coração do homem, Deus constata: “Não é bom que o homem fique só”. E Deus deu ao homem: mulher e filhos. E assim por diante: irmãos, pais, amigos, vizinhos. Todos aqueles que precisam estar em volta dessa fogueira construída e acessa por Deus em cada coração.

Neste mês de São João, de Dia dos Namorados, das festas quentes que tentam nos aproximar, quem sabe não precisemos nos lembrar de como anda o fogo da fogueira de nossos corações. Há quantos essa fogueira consegue aquecer?

O poeta pediu: “São João, São João, acende a fogueira no meu coração”.

Se João Batista, o São João de 24 de Junho, respondeu, não sabemos, mas talvez por coincidência outro João, agora um dos doze apóstolos, esse responde como acender a fogueira nos corações, ele diz: “Filhinhos, não nos amemos de palavra,...mas de fato e de verdade. (1 Jo 3.18)”. Pois como diria outro poeta, Nando Reis: “O amor é o calor que aquece (até) a alma”. E o verdadeiro amor, só podemos sentir porque Deus nos amou primeiro.

Ondiekson Fábio Lenke (Estagiário de Juiz de Fora - MG)

Um comentário:

  1. Célia Keller da Silva28 de abril de 2011 às 21:37

    Ondiekson que Deus possa te iluminar seus passos, da Nely do Enzo e Yuri, sentimos muito a falta de voceis.

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